A venda de modos de vida em artigos motivacionais



Títulos como o desse artigo me dão arrepios, assim como a sessão "Recomendados" do Pocket. Cada artigo é uma lista sobre dez coisas a serem feitas para ser a melhor profissional de todas, cinco coisas a serem excluídas da dieta para o rápido emagrecimento e três coisas que você deve começar agora mesmo para ter um dia produtivo. Em que momento, na linha narrativa desses artigos, haverá o espaço para pensarmos em quem somos, quais são os nossos hábitos e quais são os nossos gostos e desgostos? Se o artigo indica que pessoas de sucesso acordam às 5 da manhã, por que eu deveria acordar nesse horário? O sucesso virou questão de quem acorda mais cedo? E se a pessoa tiver o seu pico de eficiência durante a noite, o que ela deve fazer? São muitos os ruídos e poucos os espaços abertos que permitem a reflexão do que queremos e para onde estamos indo. Quando há a percepção de que estão tentando vender modos de vida a serem vividos, esses tipos de artigos deixarão de ter apelo e serão só mais um em uma pilha de coisas que clamam pela sua atenção. Como diz o rapper Filipe Ret, para saber onde se quer chegar é preciso se lembrar de onde veio.

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